O meu sonho

Uma noite estava eu a ler um livro sobre animais, quando comecei a sentir um «peso nos olhos» e adormeci. Passados alguns segundos de eu ter adormecido comecei a sonhar que tinha entrado numa máquina do tempo e tinha regressado aos tempos antigos, ou seja, aos tempos de formação da Terra.
No início do meu sonho, eu encontrava-me numa nuvem de gases e poeiras que aos poucos e poucos foi formando o nosso planeta que como já sei isso aconteceu acerca de 4600 milhões de anos. Mas eu estava a viver o sonho como uma história real da actualidade.
Seguidamente à formação da Terra, apareceram as primeiras formas de vida, que em comparação com as da actualidade podiam ser consideradas como estranhíssimas criaturas. Essas criaturas estranhíssimas foram evoluindo até ao aparecimento dos peixes.
O meu sonho tornava-se, cada vez, mais longo e muitos anos depois, sonhava eu, apareciam os dinossauros, as plantas com flor e as aves. Depois disto apareceu, muito e muito mais tarde o Homem, que evoluiu tanto no aspecto físico como na capacidade craniana até aos dias de hoje.
Era de manhã e a minha mãe foi acordar-me mesmo na hora em que o sonho me estava a dizer para eu quando tivesse de escolher uma «área» para estudar, escolhesse aquela.
Nesse dia, eu e a minha mãe tínhamos combinado ir às compras e fomos e eu não parava de pensar no sonho que me fez perceber como surgiu a vida e o Homem na Terra, coisa que eu já tinha perguntado a quase toda a gente que me rodeia, diariamente, aos professores, aos colegas e aos pais, mas ninguém me soube responder.
Passou esse dia, passaram alguns anos até que chegou a altura em que eu tive de escolher a «área» que queria estudar e nessa altura, de repente, como um raio de trovoada apareceu na minha mente aquele sonho de quando eu era mais pequena, um sonho especial e inesquecível, que me levou mesmo a escolher a «área» de ciências, uma «área» em que era preciso ter boas notas e eu tinha, em que era preciso gostar e eu gostava e porque era aí que eu me prendia cada vez mais, pelo facto de ser aí que eu conseguia fazer novas descobertas, aprender e reter conhecimentos.
Já eu tinha uns vinte e poucos anos, quando consegui um lugar na profissão de cientista.
A partir daí tive uma vida feliz, pois casei-me com o rapaz por quem me tinha apaixonado desde a universidade e com quem tive um filho, fazendo da minha família, uma família com todos os elementos que eu tinha imaginado.
Segundo isto quero apelar para que ninguém deixe de sonhar, porque tal como o meu sonho se tornou realidade, também o vosso pode tornar.

Raquel Inácio, nº 18, 7ºA